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Metaverso x Religiosidade: um possível caminho para a evangelização digital

24.05.2023 | 4 minutos de leitura
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Metaverso x Religiosidade: um possível caminho para a evangelização digital

Conhecido também como realidade virtual, o metaverso tem chamado a atenção de muitas pessoas por prometer uma experiência de imersão a um mundo paralelo. Ainda que não seja algo mensurável, busca passar uma sensação de realidade e possui uma estrutura no mundo real para isso. 

Se você é uma pessoa ativa nas redes sociais, provavelmente já ouviu falar sobre metaverso. O termo deriva do prefixo "meta" (significa além) e "verso" (significa totalidade de toda a existência/universo). Assim como sua etimologia, representa ir além de toda a existência, transpassando as fronteiras do real. 

Mas de onde surgiu o metaverso? E o que a possibilidade de uma realidade paralela tem a ver com a Igreja? Continue lendo abaixo para descobrir!

Metaverso: o que é esse novo mundo virtual?

O metaverso surgiu do conceito de mundos intercambiáveis, ou seja, um novo conceito de vida chamado de “dualidade inclusiva”. 

O termo foi utilizado pela primeira vez em 1992, no livro de ficção científica Snow Crash, de Neal Stephenson. Duas décadas depois, Mark Zuckerberg, criador de uma das redes sociais mais ativas no mundo, anunciou a transformação do Facebook em Meta.

Mas o que seria o metaverso? Segundo o CEO da Roblox, David Baszucki, o metaverso é um ambiente de interação social e econômica, via conexão entre avatares personalizados. Ou seja, é uma extensão do mundo real onde as pessoas podem socializar, interagir e conviver.

A partir da experiência das redes sociais em simular comportamentos absorvidos pela sociedade e considerando também o contexto da pandemia da Covid-19, o metaverso expandiu para além das fronteiras digitais, representando uma realidade paralela cada vez mais tecnológica e realista.

O que o metaverso tem a ver com a Igreja?

Estamos vivendo um novo tempo na evangelização, um tempo de (re)descoberta eclesial do ambiente digital. No contexto da pandemia, sentimos essa necessidade ecoar ainda mais forte. Como propagar a fé sem estarmos próximos uns dos outros?

Dessa carência, surge a iniciativa disruptiva da Rede Vida, uma emissora aberta de cobertura natural, em realizar a primeira missa virtual no metaverso. Em 2022, o canal inaugurou o templo no Moonvalley, dando oportunidade para as pessoas participarem de missas e terços sem sair de casa. Ao mesmo tempo, o usuário poderia transitar e ter experiências com pessoas que não estão fisicamente próximas.

Reafirmando que o digital possibilita novas formas de encontro e relação, inclusive com o sagrado, o metaverso começou a tomar forma no nicho religioso como uma prática para relacionar a presença e comunhão, a participação e comunidade, o corpo e a comunicação, transformando a própria experiência e vivência de fé.

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Uma outra forma de ser Igreja

É verdade que nada substitui a emoção de participar de uma missa presencial, trocando experiências com nossos colegas e familiares na casa do Pai. Todavia, submergir no mundo digital através do metaverso se torna uma possibilidade plausível de unir pessoas de diferentes locais no mesmo ambiente virtual. 

Essa iniciativa surgiu como uma necessidade decorrente da pandemia, porém também nos traz a reflexão: até onde abrir as portas da Igreja? Há diversas opiniões que tendem a não convergir, mas, pensando em tornar Cristo conhecido em todos os lugares do mundo, lembramos do pedido do Papa Francisco no 57º Dia Mundial das Comunicações Sociais.

"Sonho uma comunicação eclesial que saiba deixar-se guiar pelo Espírito Santo, gentil e ao mesmo tempo profético, capaz de encontrar novas formas e modalidades para o anúncio maravilhoso que é chamada a proclamar no terceiro milênio. Uma comunicação que coloque no centro a relação com Deus e com o próximo, especialmente o mais necessitado, e esteja mais preocupada em acender o fogo da fé do que em preservar as cinzas duma identidade autorreferencial. Uma comunicação, cujas bases sejam a humildade no escutar e o desassombro no falar e que nunca separe a verdade do amor." Disponível na íntegra aqui. 

Dessa forma, adaptar-se às novas tecnologias, seguindo as tendências do mundo digital, nos permite alcançar essa comunicação ampla, centralizada na relação com Deus e com o próximo, unindo o propósito de espalhar a Boa Nova e contribuir para tornar Cristo conhecido entre os fiéis, direcionando-nos no caminho da santidade. 

Gostou deste conteúdo? Continue navegando pelo Comunicação na Igreja e confira ainda mais dicas de como melhorar as estratégias de comunicação na sua paróquia!

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